sexta-feira, 10 de junho de 2011

Nota de cancelamento do ENEH - Florianópolis/SC

Viemos através desta nota justificar a não realização do Encontro Nacional dos Estudantes de História (ENEH) no ano de 2011 em Florianópolis, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). É com muito pesar que a Comissão Organizadora do ENEH (COENEH), juntamente, com o Conselho Nacional de Entidades de História (CONEHI), realizado em Aracajú na Universidade Federal de Sergipe (UFS), nos dias 03 a 05 de Junho de 2011 faz esse anúncio.

Esperamos contar com a compreensão de todos/todas os/as estudantes e a manutenção do comprometimento na construção do Movimento Estudantil de História na difícil conjuntura que enfrentamos, intensificada pelo cancelamento do Encontro, ou seja, se faz nesse momento, mas do que nunca, necessária a colaboração na construção da Federação do Movimento Estudantil de História (FEMEH). Abaixo pontuaremos os principais motivos que levaram o Conselho e a COENEH a tomarem essa difícil decisão.

Histórico da COENEH:

Foi deliberado na plenária final do XXX ENEH realizado em Fortaleza na Universidade Estadual do Ceará (UECE), que o XXXI ENEH seria realizado em Florianópolis. Desde então a COENEH vem trabalhando na construção do encontro. No segundo semestre de 2010, foram pensadas grande parte das questões estruturais do encontro, tais como alojamento, alimentação, segurança, limpeza, banheiros, etc. Foi a partir do CONEHI realizado em Curitiba na Universidade Federal do Paraná (UFPR) nos dias 20 e 21 de dezembro de 2010 que a cara do encontro foi melhor delineada. Isso faz parte de um acúmulo da federação, onde o encontro não é fruto somente da construção da COENEH, mas de um esforço coletivo de formulação e prática de toda a federação. Lá foi definido por centros acadêmicos de todo o Brasil a programação a ser levada a cabo no encontro, abrindo-se espaço para avanços maiores na sua organização. A partir de então foram trabalhados contatos com os palestrantes, garantia de espaços para a realização das palestras e grupos de discussão, bem como o contato com as escolas do país para a articulação de cadernos de textos para os pré-ENEHs, construção do curso de coordenadores e o acompanhamento do andamento do encontro como um todo.

Durante o primeiro semestre desde ano várias dificuldades foram surgindo em pontos que já estavam garantidos o que fez com que houvesse uma alteração significativa no calendário de planejamento da COENEH, se voltando a coisas que já estavam certas para o encontro e atrasando outras, como, por exemplo, o site do evento e a abertura das inscrições. Passaremos agora a descrição desses contratempos citados.

Corte de verbas do Governo Federal na Educação:

Em março de 2011, ou seja, no início do semestre letivo na UFSC recebemos a notícia, assim como todo o Brasil, de um corte de 50 bilhões para gastos sociais. Destes 1,3 bilhões se referiam somente a Educação Superior. Esse corte tem afetado o cotidiano das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) em todo o país. Escolas estavam com dificuldades de articular ônibus para o Encontro e ao mesmo tempo a COENEH recebeu uma diminuição, quase que total em várias das garantias de custeios dadas pela Reitoria da universidade. Essa redução de apoio financeiro se fundamentava neste corte. Perdemos todas as diárias e passagens dos palestrantes que viriam para o encontro, bem como, chuveiros e banheiros químicos, kits para os encontristas, camisetas, segurança e limpeza, dentre outros.

Dadas as condições materiais que nos foram postas, totalmente diferentes das até então conquistadas para o encontro a COENEH se debruçou em um constante trabalho de buscar alternativas para o financiamento deste.

Gastos:

Mesmo com essas condições adversas a COENEH, nessa constante busca por financiamentos alternativos continuava fortemente centrada na construção para a realização do encontro. A menos de um mês da presente data nos foi informado pela Administraç ão do Restaurante Universitário que o mesmo fecharia para manutenção entre os dias 23 de julho a 7 de agosto, coisa que não acontecia antes, o R.U. permanecia funcionando normalmente no recesso de inverno. Dado este novo fator atuamos em duas frentes, uma em fazer orçamentos e buscar formas de alimentação sem o R.U, outra, em negociar com a Reitoria para que o restaurante permanecesse aberto na data do evento, já que o mesmo havia sido comunicado desde de setembro de 2010 a universidade. Essas negociações foram exaustivas, inclusive membros da Coordenação Nacional da FEMEH estiveram envolvidos presencialmente em algumas dessas reuniões. Esgotando totalmente a possibilidade do R.U. ficar aberto, mesmo que só em uma parte do evento, analisamos os orçamentos das empresas, sendo que antes entramos em contato com movimentos sociais e iniciativas como a Economia Solidária para articular a alimentação onde não obtivemos sucesso, já que Florianópolis não conta com esse tipo de organização.

A questão da alimentação somada às conseqüências do Corte da Educação trouxeram uma difícil realidade a ser enfrentada pela COENEH e pela FEMEH, o valor do encontro tornar-se-ia muito alto. A inscrição com alimentação pensada em um número de 2000 pessoas ficaria em torno de R$ 215,00 sendo que caso esse número de inscrições não fossem feitas o encontro teria um enorme prejuízo. A inscrição sem alimentação ficaria em torno de R$ 100,00, pois teríamos que arcar com praticamente todos os gastos do encontro, inclusive o espaço físico das plenárias que é cobrado para as atividades da comunidade universitária, na verdade, uma enorme caixa preta dentro do campus (Centro de Cultura e Eventos).

Vimos que seria inviável realizar o encontro sem o R.U. ou sem alimentação dado que os restaurantes do entorno não comportariam o número de pessoas do encontro, tendo em vista ainda que o custo de vida de Florianópolis é muito alto, uma das capitais brasileiras mais caras de se viver. Nesse sentido pensamos na mudança de data, em antecipar o evento em uma semana, tendo assim o restaurante aberto. Alguns problemas impossibilitaram que isso fosse feito, dentre eles: se antecipássemos o encontro, não teríamos alojamentos, pois eles seriam feitos em salas de aulas que não estariam liberados nessa data, os palestrantes que viriam para o encontro estarão, assim como vários estudantes no Simpósio Nacional de História da Associação Nacional de História (ANPUH), este ponto ainda impossibilitaria várias delegações que conseguiram ônibus em suas universidades, mesmo com dificuldades, que não poderiam coincidir com o Seminário Nacional de História, já que, com o Corte a prioridade de ônibus são os eventos acadêmicos.

Outro ponto que dificultou a articulação estrutural do evento foi a proibição de festas no campus universitário. Isso intensificou os gastos, já que teríamos que alugar lugares para realizar parte das culturais, pois mesmo com a proibição conseguimos negociar e conquistar metade das culturais no campus. Esse ponto afeta o bom andamento dos espaços de integração e socialização dos encontristas.

Concepção de Encontro:

Dentro da construção da federação, lembrando que o ENEH é parte fundamental de sua organização, sendo seu espaço máximo de deliberação, criamos uma concepção de Encontros. Fazer um encontro com altos custos tendo que passar isso para o valor das inscrições elitizaria demais o público do evento, sem contar com a redução de participantes que ocasionaria uma imensa dívida para a FEMEH.

Elitizar o encontro dessa forma, tendo em mente a realidade dos estudantes de história em nosso país seria no mínimo contra toda a concepção que temos de encontro, sendo ele um espaço que articula o viés acadêmico, político e cultural possibilitando uma ampla participação de todos e todas que queiram estar nesse espaço.

Universidades e Encontros:

É importante lembrar que as universidades brasileiras não possuem políticas e estrutura para realização de encontros de estudantes. As universidades não dão estrutura e nem incentivo para que esse tipo de atividade aconteça, sendo que para ela não é conveniente que o movimento estudantil tenha amplos espaços de discussão, acumulo e integração, já que geralmente são nesses espaços onde o movimento formula suas bandeiras de luta e sua organização em si que nem sempre está de acordo com os interesses das Reitorias e governos. Nos últimos dois anos vemos que essa falta de política vem se intensificando, na verdade ela não é uma falta inocente e sem motivos, faz parte de uma concepção de universidade que não passa pela inclusão desse tipo de espaço, ou seja, essa dificuldade de construção dos encontros não é uma coisa isolada mais sim estrutural. A falta de comprometimento da Administração Central da UFSC com a realização do ENEH é uma prova disso, onde são dadas várias garantias e de última hora elas são cortadas, em parte pelo Corte de verbas, mas também por um não comprometimento com a federação, com o movimento e, sobretudo, com os estudantes de história de todo o Brasil.

Rumos e Seminário de Formação Política:

Em uma realidade onde o XXXI ENEH não é possível de se realizar em julho de 2011 temos a necessidade de pensar como garantir uma organicidade mínima da federação e o Movimento Estudantil de História para este ano e a rearticulação do XXXI ENEH. Nesse sentido a COENEH, juntamente com a FEMEH, vê a necessidade de um espaço de articulação em julho de 2011. É importante ressaltar que o Seminário de Formação Política, proposta que realizaremos, não estará em momento algum substituindo o ENEH, mas estará organizando a próxima escola sede e toda organicidade da federação.

O Seminário de Formação Política (SFP) acontecerá de 18 a 24 de julho de 2011 em Florianópolis tendo um número máximo de 300 pessoas, vagas essas que serão indicadas e articuladas via Centros e Diretórios Acadêmicos. A programação, bem como demais informações sobre o SFP poderá ser encontrado no site da FEMEH em breve, porém desde o presente momento as escolas aqui presentes vão articular as demais para que participem do Seminário. No final do Seminário haverá um CONEHI que deliberará sobre o ENEH e demais demandas.

É importante que até o SFP as escolas estejam vendo a possibilidade de realizar o XXXI ENEH e ao mesmo tempo se articularem para participar do Seminário e CONEHI.

Mais uma vez pedimos a compreensão de todos e colaboração na construção efetiva do Movimento Estudantil de História para garantir sua continuidade organizativa assegurando assim que atividades como o Encontro Nacional continuem acontecendo de forma contínua e qualitativa.

Comissão Organizadora do XXXI Encontro Nacional dos Estudantes de História (COENEH)

Conselho Nacional de Entidades de História (CONEHI)

Centro Acadêmico Livre de História (CALH/UFSC)



Aracaju, 6 de Junho de 2011.

terça-feira, 24 de maio de 2011

CINE CAHIS - QUINTA, DIA 26

À comunidade Acadêmica da UFPI e todo público em geral,

é com grande satisfação que exibiremos nesta QUINTA-FEIRA, DIA 26, NO CCHL, SALA 329 de 16:00 às 18:00, o filme "Insanidade" (Silení) do cineasta tcheco surrealista, Jav Svankmajer.

Seguem abaixo o cartaz da exibição e um breve trailer do filme.

Indicamos como leitura, contos de Edgar Allan Poe, Marques de Sade
e o texto 'Vida dos Homens Infâmes de Michel Foucault', disponíveis online.




Trailer:



sexta-feira, 20 de maio de 2011

NOTA SOBRE O AR CONDICIONADO - ATO, 19 DE MAIO DE 2011

Aos discentes do Curso de História da UFPI,


Vimos por meio deste comunicá-los do ocorrido na noite de quinta-feira, 19 de Maio de 2011, na sala 329 no Centro de Ciências Humanas e Letras. O Centro Acadêmico de História, há dois anos, vem funcionando tendo um ar condicionado figurativo, visto que o mesmo apresentava péssimas condições de funcionamento. Sempre pedindo a troca, nunca recebendo aval do almoxarifado, a situação postergou-se até o momento em que o aparelho tornou-se totalmente danificado. No pedido de outro, enviaram-nos uma sucata tão danificada quanto a que se encontrava no C.A. Fizemos uma manifestação simbólica, colando cartazes questionando as autoridades responsáveis e deixando o ar condicionado exposto na praça da Diretoria de Centro. Logo tiraram-no de lá. Não recebemos mais respostas, a não ser o dito misterioso que não havia outra máquina para reposição. Neste sentido, tendo se passado quase três semanas sem resposta e sem a refrigeração, visto que o setor que cuida da manutenção não pronunciou-se a respeito do ocorrido, houvemos por entrar na Sala 329, retirar um ar condicionado, colar um cartaz indicando o porquê do ato e onde pode ser encontrado tal bem pertencente ao Erário Público e, por conseguinte, Inventário do Centro de Ciências Humanas e Letras, no intuito de, por um viés tático-simbólico, questionarmos a negligência que temos passado perante as devidas autoridades responsáveis. Não houvera um ato de vandalismo ou depredação do patrimônio público, simplesmente sua reconfiguração geográfica, tal como satirizamos no cartaz. O que presenciamos, não é, senão, o reflexo de várias outras negligências em relação aos Centros Acadêmicos nas suas solicitações, seja, no pedido de apoio para realização de eventos acadêmico-culturais, seja na disponibilização dos espaços de convivência para atividades afins voltadas à comunidade acadêmica em geral – ou mesmo em relação ao material de escritório, como um ar condicionado. É por meio de tal pronunciamento que avisamos, que o ar condicionado está no Centro Acadêmico, e só sairá de lá, quando nos for dada uma resposta satisfatória.



Saudamos a todos,

noch mehr, Genossen

Centro Acadêmico de História da UFPI

Gestão: Desafi[n]ando a História

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Semana Internacional de Museus, no Piauí o museu comemora 70 anos

O Dia Internacional dos Museus foi criado em 1977, pelo Conselho Internacional de Museus (ou Icom, na sigla em inglês) com o objetivo de divulgar a importância dos museus para a sociedade. Em 2010, o Dia Internacional de Museus foi comemorado por 95 países, que realizaram quase 30 mil eventos alusivos à data. O Brasil é o país que mais se mobiliza para comemorar a ocasião e com isso serão mais de três mil atividades como exposições, cursos, seminários, oficinas, visitas mediadas, shows, concertos, recitais, palestras e exibição de filmes, entre outras atrações.

O evento é promovido pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/Ministério da Cultura), governo do Estado do Piauí/ FUNDAC em parceria com os museus brasileiros para comemorar o Dia Internacional de Museus (18 de maio). Em Teresina, o Museu do Piauí localizado em frente a Praça Marechal Deodoro onde está o marco zero da cidade, comemora ainda seus 70 anos e abriga um rico acervo que marca diferentes épocas históricas do Estado através de peças como móveis coloniais, moedas, fósseis, dentre outras. O homenageado será seu fundador Wilson Brandão que foi Secretário de Cultura do Estado do Piauí. A comemoração conta com uma programação de atividades que será realizada no período de 18 a 20, mas se estenderá durante todo o ano de 2011 no Museu do Piauí.

PROGRAMAÇÃO

19 de maio , quinta -feira ( A memória no Museu)

Manhã

-9h30 :Palestras e depoimentos espontâneos

Palestra 01: “ O processo de reconhecimento do patrimônio imaterial”

Palestrantes: Patrícia Mendes (Fundac) e Claudana Anjos (IPHAN) Depoimento da Devota do Divino Altair de Sousa.

Local: Auditório do Museu do Piauí

Palestra 02: “O processo de reconhecimento da festa do Divino da Comunidade Marmelada (sul do estado,perto de Gilbués) como patrimônio imaterial – Pi”

Palestrantes: Roberto Sabóia (Fundac)

Depoimento de soldado Martins (morador da Comunidade Marmelada)

Local: Auditório do Museu do Piauí

-11h30 Visita comentada à exposição do Memorial do Divino

Palestrantes: Altair e Soldado Martins.

Local: Auditório do Museu do Piauí


Tarde

- 15- 17h

Oficina: Você sabe cuidar do seu acervo?

Ministrante: Maria Amélia Araújo

Local: Auditório do Museu


20 de maio , sexta feira ( A arte no Museu)

Manhã

- 9h30 Cícero Dias - Vida e obra

Palestrantes: Jacinta Ramos e Elda Ribeiro

Local: Auditório do Museu do Piauí

- 10h15 Ausências na arte

Palestrantes: Cícero Manoel e outros artistas

Local: Local: Auditório do Museu do Piauí

- 11h Vista comentada à exposição Cícero Dias

Palestrantes: Jacinta Ramos e Elda Ribeiro

Local: Auditório do Museu do Piauí

- 11h20 Visita Comentada à exposição Ausências

Palestrantes: Cícero Manoel e outros artistas

Local: Auditório do Museu do Piauí


Tarde

- 15- 17h

Oficina: Você sabe cuidar do seu acervo?

Ministrante: Maria Amélia Araújo

Local: Auditório do Museu



18 a 20 de Maio no Museu do Piauí

Visita com grupos de teatro com escolas da rede estadual e municipal pelo Museu.


XI Semana de História da UFPI - “Ano de 1968: abrace o teu amor sem largar as tuas armas”

A Universidade Federal do Piauí – UFPI, através do Centro Acadêmico de História, apresenta a todos a quem possa interessar a XI Semana de História: “Ano de 1968: abraça o teu amor sem largar as tuas armas” que se realizará em Teresina no período de 08 a 12 de Agosto de 2011, no espaço físico da já referida instituição.

É intenção do Centro Acadêmico, como meio organizador do evento, buscar uma interatividade que possa abranger olhares de pesquisadores que têm maior atuação na área enfatizada, tentando agregar outros vieses discursivos à proposta de observação do devido tempo histórico ao qual se propõe tratar, dentro do evento.

Este evento visa criar espaços de discussões a respeito dos principais acontecimentos históricos que atravessaram ano de 1968 e que perduram até os dias de hoje. Com o objetivo e finalidade de promover novas e fazer ressurgir antigas reflexões a respeito da política, cultura, arte, comportamento, revolta e contra-revolta, relacionada com a temática geral deste ano, temática esta, que marca profundamente as ações e vivências do homem contemporâneo.


Data: de 08 de Agosto a 12 de Agosto de 2011
Local: Universidade Federal do Piauí – UFPI / Auditório Noé Mendes - CCHL
Realização: Centro Acadêmico de História - Gestão: “Desafi[n]ando a História.”
Blog do evento: http://semanahistoriaufpi.blogspot.com/

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Apagando o sorriso dos apaniguados: Manifesto em defesa da ADUFPI e da livre atuação sindical



A manhã do dia 27 de abril de 2011 vai ficar marcada, na história da ADUFPI, como um dos dias mais tristes da longa trajetória de lutas e vitórias da instituição. Nesta data, atendendo ao comando do reitorado mais reacionário que a UFPI já teve, dezenas de detentores de cargos comissionados invadiram uma Assembléia Geral da nossa seção sindical para impedir que a mesma acontecesse.


Secundando acontecimento ocorrido há alguns dias, quando caravanas recrutadas em campi do interior e engrossadas por apaniguados do Campus Petrônio Portela marcharam como zumbis sobre a AG da ADUFPI para reprovar, a qualquer custo e sem nenhuma discussão, os relatórios do Conselho Fiscal, na manhã deste dia 27 deu-se novamente a invasão alienígena. Fato grave, para o qual é necessário que o legítimo movimento docente dê rápida resposta.


O atual gestor da UFPI, o primeiro em toda a história da instituição a sofrer uma acachapante derrota nas eleições da ADUFPI, tal como fez durante a campanha, quando tentou por todos os meios nos impor uma chapa pelega, continua fulanizando o cargo de reitor, apequenando a instituição reitoria e, de modo insano, buscando garrotear a nossa seção sindical. Não obterá êxito.


A continuada derrota do reitor decorrerá de um fato simples, porém historicamente relevante: enquanto os seus comandados marcham apalpando os contracheques em seus bolsos, miram cifrões e benefícios pessoais, nós, os professores e professoras que fazemos pluralmente a UFPI que é da gente, marchamos impelidos pelo ideal de, muito além da fulanização, transformar esta instituição numa universidade no sentido legítimo da palavra. Não nos renderemos nem nos venderemos.


A história será sempre o nosso guia. Se as pessoas honradas não morrem, como bem o disse o bravo José Alencar enquanto travava uma luta comovente contra um câncer, a honra é o nosso parâmetro. Lembremos que a intolerância autoritária, lá na década de 1960, pretextou o surgimento do Pride Day, hoje referência do orgulho de ser de diferentes e múltiplos grupos sociais em todo o mundo. No caso da UFPI, o orgulho de ser, hoje, diz respeito à tarefa urgente de enfrentar, derrotar e derrocar o autoritarismo.


Desejamos que o dia 27 de abril, apagando o sorriso amarelo dos apaniguados, seja a efeméride do nosso orgulho de ser UFPI, de lutar por ela, de não aceitar que alguém, apequenando e destroçando a magnificência da reitoria, arvore-se de seu dono. Em nome desse orgulho de ser UFPI, conclamamos a todos os homens e mulheres que estudam e trabalham na UFPI a fazer eclodir, mais uma vez, a força da nossa resistência democrática.


A hora é agora. O onde é aqui. O elo que nos une, expresso no orgulho de ser UFPI, nos conclama a enfrentar os sorrisos frágeis e amarelos dos apaniguados. Vamos apagá-los com a força de nossa resistência democrática.


Por uma UFPI plenamente da gente!


Edwar de Alencar Castelo Branco (DGH-UFPI) e Solimar Oliveira Lima (DECON-UFPI)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Carta de Repúdio a Prof.ª Dr.ª Antônia Dalva Fraça de Carvalho

Opressão, repressão, autoritarismo eram práticas empregadas em um período obscuro da história brasileira. A ditadura militar foi marcada pela repressão e opressão estabelecida pelas elites sobre o povo. No entanto, o que parecia ter sido extinto, ainda permanece vivo no âmago da sociedade atual, além do mais, o que nos deixa mais preocupados é que essas práticas continuam vivas dentro das universidades, um espaço, que na teoria, seria democrático e de pensamentos diversos.

Dizia Tancredo Neves: “O processo ditatorial, o processo autoritário, traz consigo o germe da corrupção. O que existe de ruim no processo autoritário é que ele começa desfigurando as instituições e acaba desfigurando o caráter do cidadão”. Talvez o autor desta frase não seja um exemplo para nossa história, mas seu pensamento nos faz refletir sobre a atual situação da Universidade Federal do Piauí. Nos últimos tempos estamos periodicamente nos deparando com práticas autoritárias e opressoras nesta IES.

Não citaremos e analisaremos todas as práticas autoritárias vivenciadas na UFPI, nos restringiremos aqui, em uma única história marcada por um autoritarismo perverso, história essa, vivenciada pelo curso de Licenciatura Plena em História e pela Prof.ª Dr.ª Antonia Dalva França Carvalho, chefe da comissão de currículo da UFPI e Coordenadora institucional do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID.

Tudo começou quando alguns membros do CENTRO ACADÊMICO DE HISTÓRIA foram testemunha de uma REPRESSÂO nojenta e perversa que aconteceu, ainda no ano de 2010, durante a aula de PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO I. A aula acontecia normalmente, até alguns alunos se posicionarem, de forma democrática, contra a atual gestão superior da UFPI, isto serviu para a senhora Prof.ª Dr.ª ANTONIA DALVA FRANÇA CARVALHO esbravejar todo seu poder e de forma autoritária e agressiva ameaçar os alunos de REPROVAÇÃO ou de MUDANÇA DE TURMA se alguém ali criticasse o “NOSSO INTOCAVEL REITOR”, pois para a Prof.ª Dr.ª ANTONIA DALVA FRANÇA CARVALHO este reitor foi o que mais fez por nossa universidade.
Não bastando o acontecido, a referida professora mais uma vez de forma autoritária se coloca contra o currículo aprovado pelo colegiado do curso de História e constrói todos os empecilhos burocráticos para dificultar a aprovação do mesmo. Isto porque, com uma pequena ignorância e prepotência acreditava-se que os professores do referido curso não tinham a capacidade de formar professores, sendo assim, essa função deveria ser delegada aos professores lotados no Centro de Ciências da Educação – CCE. O fato é que a parti daí, o autoritarismo da professora Antonia Dalva deixou de ser visto apenas por uma pequena parcela do curso e passou a ser visto pelo curso como um todo, inclusive os docentes. Estes, dentro deste jogo de poder, sofreram constantes ameaças, inclusive ameaças relacionadas a processo administrativo de cunho demissionário. “É mole?”

Por conseqüência de todo esse processo, a professora Antonia Dalva ultrapassou todos os limites e como dizia a frase de Tancredo: “[...] começou desfigurando as instituições e acabou desfigurando o caráter”. De forma estupenda, a referida professora passou a usar o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, no qual ela se faz Coordenadora institucional, como um instrumento de ataque ao curso de História, sem saber que ali se fazia presente estudantes que almejavam construir um programa coerente e de qualidade. Durante o primeiro ano de funcionamento do programa, temos relatos, que ele foi extremamente excluído, marginalizado e perseguido pela Coordenação institucional, como por exemplo, a demora para entrega de materiais, as intensivas fiscalizações e entre outras perseguições, tendo em vista que os outros PIBID’s não sofriam nenhum tipo de restrição. O ultimo ato autoritário da professora Antonia Dalva foi relacionado ao processo de sucessão do cargo de coordenador do PIBID-HISTÓRIA. Com a renuncia do Prof. Dr. Roberio Américo do Carmo Souza, então Coordenador do programa, o colegiado do curso de História se reuniu e indicou o nome de dois professores do curso, e do Departamento de Geografia e História, para a Coordenação do programa, como era praxe ser feito, inclusive esse mesmo processo de sucessão foi desenvolvido pelo PIBID-GEOGRAFIA e não sofreu nenhuma restrição. O fato é que a professora Antonia Dalva não recebeu os nomes e de forma autoritária, sem nenhum debate com a comunidade acadêmica, com os docentes e, principalmente, com os bolsistas do programa nomeou a Prof.ª Ms. Vilmar Aires dos Santos, lotada no Centro de Ciências da Educação - CCE, com o intuito de afrontar os docentes e discentes do curso de Licenciatura Plena em História, tentando assim, evidenciar que os professores do referido curso não possuem capacidade para forma novos professores.

Lamentamos que diante deste autoritarismo a Prof.ª Antonia Dalva tenha usado um programa publico para satisfazer interesses pessoais. O fato é que o Centro Acadêmico de História - CAHIS não se calará diante destes atos repugnantes e usará de toda sua força política para resistir as práticas autoritárias e opressoras impostas aos estudantes do curso de História. Sendo assim, EXIGIMOS que a administração superior tome as medidas cabíveis para combater estes atos autoritários, podendo ser iniciado assim, com o afastamento da Prof.ª Dr.ª Antonia Dalva França Carvalho da Coordenação institucional do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID e da chefia da comissão de currículo, pois não aceitamos de forma alguma qualquer tentativa de REPRESSÃO dentro dos muros da universidade. É importante lembrar que estamos tratando de um local público e democrático. Além do mais, essas práticas repressivas não podem se manter vivas em pleno século XXI.



Centro Acadêmico de História
Gestão: “Desafi[n]ando a História!”