quarta-feira, 4 de maio de 2011

Apagando o sorriso dos apaniguados: Manifesto em defesa da ADUFPI e da livre atuação sindical



A manhã do dia 27 de abril de 2011 vai ficar marcada, na história da ADUFPI, como um dos dias mais tristes da longa trajetória de lutas e vitórias da instituição. Nesta data, atendendo ao comando do reitorado mais reacionário que a UFPI já teve, dezenas de detentores de cargos comissionados invadiram uma Assembléia Geral da nossa seção sindical para impedir que a mesma acontecesse.


Secundando acontecimento ocorrido há alguns dias, quando caravanas recrutadas em campi do interior e engrossadas por apaniguados do Campus Petrônio Portela marcharam como zumbis sobre a AG da ADUFPI para reprovar, a qualquer custo e sem nenhuma discussão, os relatórios do Conselho Fiscal, na manhã deste dia 27 deu-se novamente a invasão alienígena. Fato grave, para o qual é necessário que o legítimo movimento docente dê rápida resposta.


O atual gestor da UFPI, o primeiro em toda a história da instituição a sofrer uma acachapante derrota nas eleições da ADUFPI, tal como fez durante a campanha, quando tentou por todos os meios nos impor uma chapa pelega, continua fulanizando o cargo de reitor, apequenando a instituição reitoria e, de modo insano, buscando garrotear a nossa seção sindical. Não obterá êxito.


A continuada derrota do reitor decorrerá de um fato simples, porém historicamente relevante: enquanto os seus comandados marcham apalpando os contracheques em seus bolsos, miram cifrões e benefícios pessoais, nós, os professores e professoras que fazemos pluralmente a UFPI que é da gente, marchamos impelidos pelo ideal de, muito além da fulanização, transformar esta instituição numa universidade no sentido legítimo da palavra. Não nos renderemos nem nos venderemos.


A história será sempre o nosso guia. Se as pessoas honradas não morrem, como bem o disse o bravo José Alencar enquanto travava uma luta comovente contra um câncer, a honra é o nosso parâmetro. Lembremos que a intolerância autoritária, lá na década de 1960, pretextou o surgimento do Pride Day, hoje referência do orgulho de ser de diferentes e múltiplos grupos sociais em todo o mundo. No caso da UFPI, o orgulho de ser, hoje, diz respeito à tarefa urgente de enfrentar, derrotar e derrocar o autoritarismo.


Desejamos que o dia 27 de abril, apagando o sorriso amarelo dos apaniguados, seja a efeméride do nosso orgulho de ser UFPI, de lutar por ela, de não aceitar que alguém, apequenando e destroçando a magnificência da reitoria, arvore-se de seu dono. Em nome desse orgulho de ser UFPI, conclamamos a todos os homens e mulheres que estudam e trabalham na UFPI a fazer eclodir, mais uma vez, a força da nossa resistência democrática.


A hora é agora. O onde é aqui. O elo que nos une, expresso no orgulho de ser UFPI, nos conclama a enfrentar os sorrisos frágeis e amarelos dos apaniguados. Vamos apagá-los com a força de nossa resistência democrática.


Por uma UFPI plenamente da gente!


Edwar de Alencar Castelo Branco (DGH-UFPI) e Solimar Oliveira Lima (DECON-UFPI)

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